IMBIRIBEIRA, um livro de toinho castro

IMBIRIBEIRA é uma narrativa em crônicas e poemas, sobre um Recife muito particular, que tem no bairro da Imbiribeira seu epicentro afetivo.

É um livro que há anos venho alentando. Vinha sendo escrito de forma dispersa, fragmentária. Nos últimos meses da pandemia/quarentena resolvi me debruçar com mais carinho sobre sua arrumação, alinhavando seus pedaços e dando-lhes um sentido narrativo.

O que eu queria falar da Imbiribeira, desse Recife que ninguém fala, mas que é vivido pelas gentes. Com suas histórias e mitologias. Mas veja bem que não é um compêndio de curiosidades ou guia de um bairro. É mais um apanhado de memórias, da vivência de um lugar, de uma cidade.

Talvez seja isso. Talvez eu tenha eternizado Recife numa longa noite, em que tudo aconteceu… o Clube dos Mágicos, o rio arrastando-se sob as pontes, o pontilhão da rede ferroviária cruzando a avenida Sul, o terreno na esquina da minha rua, onde por tantos anos houve somente mato. E eu, criança, fantasiava um reino secreto, escondido naquele terreno, um reino vagaluminoso e inalcançável.



Do Recife, da Imbiribeira

Potiguar de Pernambuco e radicado carioca! Assim define-se Toinho Castro, que nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, mas cresceu no Recife e migrou para o Rio de Janeiro aos 30 anos. Tudo em meio à uma família de poetas, músicos artistas. Além da poesia e da prosa, trabalha com design gráfico, fotografia, vídeo e outras mídias; faz filmes (Viagem a Marte, Avenida Um, Vai, foguete! e outros) e espalha versos por aí. Organizou e participou da coletânea de poemas Lendário Livro, com Aderaldo Luciano, Braulio Tavares, Nonato Gurgel, Numa Ciro e Otto. Toinho também escreve no site da livraria Blooks e em 2019 começou a colaborar com a Revista Pessoa. É editor da Revista Kuruma’tá, que criou com o poeta Aderaldo Luciano.


*Imbiribeira é um topônimo de origem língua tupi calcado no termo ‘mbïra, “madeira”, “pau”, por extensão “bosque”. (Fonte: Wikipédia)